Em homenagem ao centenário de morte de Machado de Assis, que aconteceu em 29 de setembro, mostras, exposições, filmes e muito mais evocaram o autor à vida.
Em São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa homenageia o escritor com uma mostrou que teve como objetivo trazê-lo mais próximo aos leitores.
“Machado de Assis: Mas este capítulo não é sério”, título baseado em um dos capítulos de Memórias Póstumas de Brás Cubas, uma de suas principais obras, mostra ao público o grande prazer de conhecer a literatura machadiana, vista por muitos como obras clássicas ou mesmo como bibliografia escolar obrigatória.
O Rio de Janeiro, terra natal do autor, logicamente não fica para trás. Na sede da Academia Brasileira de Letras, a exposição “Machado Vive” mostrou a intimidade do escritor, trazendo seus objetos pessoais, livros de sua biblioteca particular, primeiras edições de suas obras, além de filmes e documentários sobre ele.
Também em comemoração ao centenário, a Fundação Casa Rui Barbosa, do Ministério da Cultura, criou uma página eletrônica especial sobre o escritor – www.machadodeassis.net . Produzida por pesquisadores e bolsistas de iniciação científica, o site traz desde a biografia de Machado até artigos, citações, alusões a fatos históricos ou a personagens, entre diversos outros atrativos aos amantes da literatura machadiana.
Mais sobre o escritor
Joaquim Maria Machado de Assis, nascido em 21 de junho 1839, acumulou vários atributos durante sua jornada: cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta. Não é exagero considerá-lo o maior expoente da literatura brasileira. Mas tudo isso com muito esforço.
Se existem provas de que força de vontade, interesse e amor ao conhecimento são aliados para o grande sucesso, Machado de Assis se encontra entre elas. Entre os 6 e 14 anos perdeu a irmã e a mãe e, um pouco mais tarde, seu pai, sendo criado pela madrasta desde então. Além disso, o escritor era pobre, de saúde frágil, epilético, mulato e gago. Enfrentou uma infância recheada de muitos preconceitos devido as suas condições.
Porém, autodidata, tinha grande interesse em todos os tipos de literatura. Leu muitos autores nacionais e estrangeiros, estudando por conta própria e, quando podia, freqüentava a escola. Sua carreira começou aos 16 anos, quando teve seu primeiro poema publicado no jornal “A Marmota”, vindo a participar daí para frente de diversas atividades relacionadas à comunicação, como tipografia, jornais, entre outros.
Se atualmente viver somente de literatura já é difícil, naquela época era bem mais complicado. Vivendo nessa vida paralela, Machado atuou também em cargos burocráticos, como assistente de diretor do Diário Oficial.
Machado participou da fundação da Academia Brasileira de Letras, na qual ocupou a cadeira nº23, cujo patrono foi José de Alencar. Lá presidiu até sua morte, em 29 de setembro de 1908. Atualmente, o prédio tem o nome “Casa de Machado de Assis”, em sua homenagem.
Obras
A loucura, a alma feminina, a vaidade, a sedução e o adultério são temas bastante encontrados em suas obras. Em sua fase mais romântica, Machado publicou obras como “A Ressurreição”, “A mão e a luva” e “Helena”. Mas o grande marco em suas obras foi a criação do romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, considerado uma verdadeira revolução em termos de estilo e conteúdo, inserindo o realismo no Brasil. Atraiu críticas de todos os lados.
Em sua fase realista, Machado publicou também obras como “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”, contos como “Papéis Avulsos”, “Histórias sem data” e muitos outros.
Retratou como ninguém uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira e suas malesas e a própria existência humana, com seu espírito crítico, irônico e, por vezes, bem humorado.
Um comentário:
ADOREI ESSA MATÉRIA SOBRE MACHADO DE ASSIS E TAMBÉM DO SEU BLOG.
BEIJOS
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